segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Quem sou eu?

Sei que antes de tudo sou um ser humano, nas características físicas, genéticas, biológicas que me permitem tal classificação. Mas esse questionamento vai muito além de características comuns a todos nós meros mortais. É questão de um olhar mais apurado. Quem sou eu na minha humanidade? Que valores permeiam minha vida, que conceitos são imprescindíveis e necessários para responder quem sou? Sou verdade, mas até que ponto minha verdade não poderá vir a ser mentira? Sou misto de explosão e delicadeza. Aparento a força de uma rocha quando nada mais sou do que a singeleza de uma flor. Queria ser mais amiga, queria ter amigos em que pudesse verdadeiramente compartilhar de minhas dores, sem ficar na dúvida do que posso ou devo dizer ou escutar. Queria ( ainda quero, na verdade) acreditar que sou importante para algumas pessoas e de que minha presença faz falta, que elas sentem saudades de mim,não pelo que posso fazer por elas ou para elas. Queria ter a certeza de que existem aqueles que se lembram de mim mesmo quando não estão precisando de favor , porque afinal sou humana e saber isso se torna muito importante para a minha felicidade. Tenho que aprender que devo fazer sem esperar em troca, mas pô, sou humana e às vezes é tão difícil. Quem sou eu e o que faço que me fazem sentir essas dores que angustiam a alma e chegam a doer o coração? O que eu deixo de fazer que impedem que os outros se aproximem de mim e vejam minha humanidade e que por trás dessa capa, há uma essência, limitada, completamente humana e carente de tanta coisa? Queria ajuda para resposta deste questionamentos... Afinal, quem sou eu?

3 comentários:

Mari disse...
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Mari disse...

Não existem verdades eternas. Nem certezas absolutas. Nós não somos amigos de ninguém, nem os temos: apenas estamos amigos dos outros. Por mais que eles vivam dentro da gente ou sejam na gente, a vulnerabilidade da natureza humana tem o poder de reverter a ordem de todas as coisas que estiverem sujeitas a ela. De repente a vida toda pode mudar, em 1 segundo, pq ela é dinâmica. Como disse um amigo meu, a dúvida faz parte. Fé é coisa que a gente tem q trazer pra vida aqui fora tb, ñ só lá na igreja. Eu particularmente, não tenho fé nos seres humanos, mas minha vulnerabilidade me empurra pra eles; e eu me permito, na maioria das vezes. Tem que ser muito abominável pra eu não querer relação. Vc bate o olho e às vezes acerta: "essa pessoa é legal demais!" Ou bate de frente e descobre: "ops! Foi engano". Ou descobre que a pessoa maravilhosa não era tudo akilo q vc idealizava... ou que a pessoa do equívoco é a melhor pessoa do mundo! Relacionamentos começam e terminam tal qual aqueles que os realizam: os meros humanos, mas, sim: a gente espera sempre reciprocidade - à altura! E sabe por quê? Porque tb somos humanos, que nem aqueles q nos decepcionam. Fugimos das decepções como o diabo foge da cruz? Sempre. É lógico. É óbvio. Ninguém gosta de perceber que foi feito de otário por alguém. Mas o risco taí, a gente tem que correr... e nessa viagem arriscada tenho "estado" amiga de pessoas ímpares... e algumas conseguem ser em mim de uma forma que nem consigo entender! Se um dia deixarem de "estar" ou de "ser", paciência... de novo, faz parte. Não existe uma verdade; existem as nossas "verdades" - que podem ser mentiras para os outros, como vc bem pontuou. Não é fácil ser humano. É preciso coragem para conhecer-se, descobrir-se... E dái, força de coragem pra mudar 9se for o caso) ou aceitar-se.

Desculpe o tamanho, mas é que foram tantas as idéias expostas no texto que foi impossível falar apenas de uma.

beijo enorme e boa sorte nessa sua caçada em busca do auto-conhecimento. vc vai perceber que nunca saberá td sobre si: vc sempre vai se surpreender consigo mesmo!

Verônica Barbosa disse...

Valeu Mary, muito abrigado por sua palavras que fizeram-me um bem enorme